Por anos, venho alertando sobre os problemas dos detergentes enzimáticos no reprocessamento de instrumentais cirúrgicos. Já questionei seu teor residual, a incapacidade de tratar o instrumental adequadamente e, o mais grave, os riscos de contaminação devido a resíduos químicos.
Agora, estudos recentes confirmam o que sempre disse: os detergentes enzimáticos deixam resíduos, não garantem a completa descontaminação e ainda mancham os instrumentais cirúrgicos.
O artigo “Indicações e limitações dos diferentes detergentes utilizados no processamento de produtos para a saúde”, publicado na Revista SOBECC, e os dados do Moran Eye Center, reforçam com evidências científicas os riscos dos detergentes enzimáticos na limpeza hospitalar.
Os Problemas dos Detergentes Enzimáticos: Riscos Comprovados na Limpeza Hospitalar
Um dos maiores desafios dos detergentes hospitalares enzimáticos sempre foi o teor residual, um fator que compromete a biossegurança hospitalar.
Estudos utilizando microscopia eletrônica (SEM) e espectroscopia de raios X (EDS) mostraram que, mesmo após enxágues rigorosos, detergentes enzimáticos para instrumentais cirúrgicos deixam resíduos químicos que podem causar infecções e reações adversas.
As enzimas presentes nesses produtos não são eliminadas pela autoclavagem, permanecendo ativas nos instrumentos cirúrgicos e aumentando o risco de síndrome tóxica do segmento anterior (TASS).
O uso inadequado de detergentes enzimáticos tem sido associado a surtos de TASS, devido à dificuldade de completa remoção dos resíduos enzimáticos. (Moran Eye Center, 2022)
A pesquisa também confirma que o uso de detergente enzimático na limpeza hospitalar não reduz a incidência de infecções hospitalares, tornando sua utilização questionável.
Um levantamento conduzido pela OICS Task Force com mais de 182 centros cirúrgicos ambulatoriais revelou que 55,5% dos locais já abandonaram os detergentes enzimáticos devido aos riscos associados. Além disso, os dados do estudo indicaram que os centros que continuam utilizando esses detergentes apresentaram uma taxa ligeiramente maior de complicações pós-operatórias em comparação com aqueles que adotaram alternativas mais seguras.
Isso reforça um alerta importante: detergentes hospitalares enzimáticos não garantem a completa descontaminação dos instrumentais cirúrgicos e ainda deixam resíduos nocivos.
Detergentes Enzimáticos Mancham Instrumentais Cirúrgicos
A exposição contínua de instrumentais cirúrgicos a detergentes enzimáticos pode causar corrosão, manchas e degradação estrutural dos materiais utilizados na fabricação desses dispositivos médicos. Estudos recentes apontam que as enzimas proteolíticas presentes nesses produtos podem se ligar a superfícies metálicas, resultando em danos progressivos ao longo do tempo (J Cataract Refract Surg, 2022).
Além disso, análises laboratoriais indicam que instrumentais compostos por alumínio, zinco e metais não ferrosos apresentam sinais de oxidação precoce quando submetidos ao uso contínuo de detergentes enzimáticos (Revista SOBECC, 2023). A degradação dos materiais não se limita apenas aos metais: borrachas e polímeros utilizados em componentes médicos também demonstram inchaço e perda de elasticidade após a exposição prolongada a esse tipo de detergente (AAO – American Academy of Ophthalmology, 2024).
A corrosão e as manchas nos instrumentais podem comprometer sua funcionalidade e segurança, impactando diretamente sua durabilidade e a precisão nos procedimentos cirúrgicos. Estudos do Moran Eye Center (2022) reforçam que, além da degradação dos materiais, resíduos químicos das enzimas podem permanecer aderidos às superfícies dos instrumentais, dificultando sua completa remoção, mesmo após ciclos rigorosos de enxágue e esterilização.
Essa evidência demonstra que o uso indiscriminado de detergentes enzimáticos pode não apenas afetar a integridade estrutural dos instrumentais, mas também comprometer a biossegurança hospitalar, aumentando o risco de complicações pós-operatórias devido à possível liberação de partículas químicas durante os procedimentos cirúrgicos (OICS Task Force, 2024).
Os Detergentes Enzimáticos Podem Ser Irritantes e Tóxicos para os Olhos
O uso de detergentes enzimáticos na limpeza de instrumentais oftalmológicos é um verdadeiro risco para a saúde ocular. Estudos revelam que essas substâncias podem causar reações severas quando não completamente enxaguadas, e os resíduos enzimáticos podem permanecer mesmo após tentativas de remoção com água estéril (Revista SOBECC, 2023).
Isso significa que, ao entrar em contato com o olho do paciente durante uma cirurgia, essas enzimas podem desencadear inflamações graves, destruição do endotélio corneano e, em casos extremos, perda da visão (Moran Eye Center, 2022). Além disso, estudos apontam que os resíduos de detergentes enzimáticos estão diretamente ligados à ocorrência de Síndrome Tóxica do Segmento Anterior (TASS), uma condição inflamatória grave que pode comprometer completamente a recuperação pós-operatória (OICS Task Force, 2024).
Análises conduzidas pelo American Academy of Ophthalmology (AAO, 2024) identificaram que instrumentais oftalmológicos contaminados por resíduos de detergentes enzimáticos apresentaram maior incidência de reações adversas intraoculares. Outro estudo publicado no Journal of Cataract & Refractive Surgery (2022) revelou que a persistência de proteínas enzimáticas pode levar a processos inflamatórios severos no segmento anterior do olho, aumentando os riscos para pacientes submetidos a cirurgias oftalmológicas.
A exposição repetida a resíduos de detergentes enzimáticos tem sido associada a inflamações intraoculares e falhas na recuperação pós-operatória de cirurgias oftálmicas. (AAO – American Academy of Ophthalmology, 2024)
O Que é a Síndrome Tóxica do Segmento Anterior (TASS)?
A Síndrome Tóxica do Segmento Anterior (TASS) é uma grave inflamação ocular estéril que ocorre quando substâncias tóxicas entram em contato com a câmara anterior do olho durante ou após uma cirurgia oftalmológica, especialmente a cirurgia de catarata. Diferente da endoftalmite infecciosa, o TASS não é causado por bactérias ou fungos, mas sim por resíduos químicos que provocam uma reação inflamatória intensa.
Os sintomas podem aparecer horas após a cirurgia e incluem:
- Inchaço severo da córnea (edema corneano)
- Inflamação da câmara anterior (uveíte)
- Formação de fibrina intraocular
- Pressão intraocular elevada
- Perda parcial ou total da visão em casos graves
Os detergentes enzimáticos são um dos principais fatores de risco para o TASS, pois seus resíduos podem permanecer nos instrumentais mesmo após o enxágue, desencadeando a inflamação ao entrarem em contato com o olho do paciente.
Casos de TASS têm sido amplamente documentados em hospitais que utilizam detergentes enzimáticos inadequadamente enxaguados, provando que essas substâncias representam uma ameaça real à segurança dos pacientes.
O uso inadequado de detergentes enzimáticos tem sido associado a surtos de TASS, devido à dificuldade de completa remoção dos resíduos enzimáticos (Moran Eye Center, 2022).
Por que o Detergente Hospitalar SMART é a Solução?
O Detergente Hospitalar SMART da Advanced Med foi desenvolvido justamente para eliminar esses riscos, garantindo um reprocessamento seguro e eficaz dos instrumentais. Diferente dos detergentes enzimáticos, o SMART possui uma formulação avançada, livre de enzimas, o que garante rinsabilidade superior e total remoção do produto sem deixar resíduos que possam comprometer a saúde dos pacientes.
Os estudos científicos deixam claro que os detergentes enzimáticos apresentam riscos para instrumentais oftalmológicos, tanto pela dificuldade na remoção completa de resíduos quanto pelo potencial de desencadear inflamações graves, como a Síndrome Tóxica do Segmento Anterior (TASS) (Moran Eye Center, 2022).
Vantagens do Detergente Hospitalar SMART
- Livre de Enzimas. Elimina completamente o risco de resíduos proteolíticos que podem causar inflamações oculares (Revista SOBECC, 2023).
- Rinsabilidade Superior. Foi desenvolvido para ser totalmente removido dos instrumentais durante o enxágue, sem deixar qualquer vestígio químico (OICS Task Force, 2024).
- Protege os Instrumentais. Diferente dos detergentes enzimáticos, não causa corrosão, manchas ou degradação dos materiais médicos (J Cataract Refract Surg, 2022).
- Compatibilidade Oftalmológica. Seguro para o uso em instrumentais delicados, prevenindo contaminações e garantindo a máxima biossegurança para pacientes e profissionais da saúde (American Academy of Ophthalmology, 2024).
- Eficácia Comprovada. Desenvolvido com tecnologia de ponta para oferecer limpeza eficiente e segura, atendendo às mais rigorosas normas de desinfecção hospitalar.
A substituição dos detergentes enzimáticos pelo Detergente Hospitalar SMART representa um avanço na segurança e biossegurança hospitalar, garantindo que os instrumentais médicos sejam higienizados sem riscos de contaminação química ou estrutural.
Diante das evidências científicas, fica claro que o uso de detergentes enzimáticos deve ser reconsiderado. A melhor alternativa já existe, e ela é o Detergente Hospitalar SMART da Advance
Referências Bibliográficas
Revista SOBECC. Indicações e limitações dos diferentes detergentes utilizados no processamento de produtos para a saúde. 2023. https://revista.sobecc.org.br/sobecc/article/view/16
Moran Eye Center. Enzyme Residues and their Role in Toxic Anterior Segment Syndrome (TASS). J Cataract Refract Surg, 2022. https://www.jcrsjournal.org/article/S0886-3350(16)30328-5/pdf
OICS Task Force. Guidelines for the Cleaning and Sterilization of Intraocular Surgical Instruments. 2024. https://www.aao.org/Assets/3797f14b-ba44-4d08-9e19-9dfd8f734d95/636584686605500000/oics-guidelinesfinal2-pdf
American Academy of Ophthalmology (AAO). Risks Associated with Residual Enzymatic Detergents in Ophthalmic Surgery. 2024. https://www.aao.org