Candida auris acaba de desembarcar no Brasil, com casos em Pernambuco e com um caso registrado em São Paulo, fungo emergente que foi identificado pela primeira vez no Japão, em 2009. Jovem o rapaz ! O caso inicial envolveu uma infecção no ouvido de um paciente, chamada otomicose ( seria um tipo de micose). Desde então, o fungo tem se espalhado por todos os continentes. No Brasil, o primeiro caso de Candida auris foi detectado em 2020, em um paciente de 59 anos que estava internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) em Salvador, Bahia. Este caso foi isolado, mas nessas últimas semanas, ele voltou a ser o centro das atenções devido aos novos casos relatados.
Uma das peculiaridades desse microrganismo que estudei, foi sobre sua resistência aos principais medicamentos antifúngicos disponíveis, como o fluconazol, a anfotericina B e as equinocandinas, tenso não? Estudos indicam que até 90% dos isolados de Candida auris são resistentes a esses antifúngicos, o que achei assustador. Além disso, o fungo tem a capacidade de sobreviver em temperaturas elevadas, entre 37°C e 42°C, o que aumenta o risco de surtos hospitalares, se diferenciando dos demais fungos que sobrevivem somente em temperaturas mais baixas.
Outra característica preocupante é que as infecções por Candida auris podem ser assintomáticas em sua fase inicial, o que dificulta o diagnóstico precoce. O fungo pode causar infecções invasivas na corrente sanguínea e em outros órgãos, especialmente em pacientes imunocomprometidos ou com comorbidades. Além disso, as pessoas colonizadas pelo microrganismo, ou seja, que o carregam sem desenvolver infecção, podem propagá-lo para outras pessoas e contribuir para surtos em ambientes de saúde ou até mesmo fora deles.
Por causa de suas características únicas e resistência aos medicamentos, a Candida auris representa uma ameaça significativa à saúde pública. Medidas de prevenção, como higiene adequada das mãos, uso de equipamentos de proteção e limpeza rigorosa dos ambientes hospitalares, são fundamentais para controlar a disseminação desse fungo e proteger a saúde dos pacientes e dos profissionais da saúde.
A Candida auris pode causar infecções invasivas em diferentes partes do corpo, incluindo a corrente sanguínea, o sistema urinário e o trato respiratório. Essas infecções podem ser graves, especialmente em pacientes com o sistema imunológico enfraquecido ou com condições médicas subjacentes. Os sintomas variam dependendo do local da infecção, mas os mais comuns incluem febre persistente, calafrios e dificuldade respiratória.
Uma das preocupações em relação à Candida auris é a sua capacidade de sobreviver em superfícies e ambientes hospitalares por longos períodos de tempo. O mais assustador que indicam que o fungo pode persistir em superfícies por semanas ou até meses, mesmo em condições adversas de temperatura e umidade. Essa resistência contribui para a disseminação do microrganismo em ambientes de saúde, aumentando o risco de surtos.
É importante ressaltar que nem todas as pessoas colonizadas por Candida auris desenvolvem infecções. Muitas vezes, a presença do fungo no corpo não causa sintomas, tornando difícil a identificação precoce. Por isso, medidas de prevenção, como uma boa higiene das mãos, desinfecção de superfícies e adoção de práticas adequadas de controle de infecção, são essenciais para evitar a propagação do fungo e proteger a saúde dos pacientes.
As informações sobre Candida auris que apresentei foram baseadas em pesquisas científicas e fontes confiáveis no campo da microbiologia e da saúde pública. Quero deixar aqua algumas referências científicas para quem quiser saber mais sobre esse microrganismos que vem causando preocupação nos ambientes de saúde. Se você esta sentindo algum sintoma, procure um profissional da saúde e você profissional da saúde que lida diariamente com pacientes, a limpeza e desinfecção das superfícies após cada atendimento é fundamental, e o DESINFETANTE HOSPITALAR ADVANCED MED tem eficácia comprovada frente a microrganismos resistentes. Você dentista, dermopigmentador, tatuador, piercer, manicure, podólogo, epilador/depilador e esteticistas em geral estão suscestíveis a contaminação.
Lembre-se sempre Ambiente seguro é aquele que esta livre de contaminação!!
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CDC – Centers for Disease Control and Prevention: O CDC é uma renomada instituição de saúde dos Estados Unidos e fornece orientações e informações atualizadas sobre Candida auris. Você pode encontrar mais detalhes sobre os sintomas, disseminação e prevenção da infecção por Candida auris em seu site oficial: https://www.cdc.gov/fungal/candida-auris/index.html
Estudos importantes:
- Satoh K et al. Candida auris sp. nov., a novel ascomycetous yeast isolated from the external ear canal of an inpatient in a Japanese hospital. Microbiol Immunol. 2009;53(1):41-44.
- Lockhart SR et al. Candida auris for the Clinical Microbiology Laboratory: Not Your Grandfather’s Candida Species. Clin Microbiol Newsl. 2017;39(13):99-103.
- Chow NA et al. Candida auris Outbreak in a COVID-19 Specialty Care Unit — Florida, July-August 2020. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2021;70(2):56-57.
Notícias:
https://saude.abril.com.br/medicina/o-que-e-o-fungo-candida-auris-sintomas-e-tratamento